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ALOROQUE E O VENTO

E stava Aloroque a tomar banho de sol Quando viu, ao longe, o vento pousado numa montanha. O que fazes aí, parado – perguntou o monarca. Estou esperando a irmã tempestade, disse o elemento divino. Mais a baixo do Pico de Cristal, O véu negro da Senhora Tempestade avançava. O céu vermelho de medo pressagiava o futuro em frente. Nos campos gerais, Crianças famintas pastavam, Favelados caiam nos esgotos E ricos senhores comiam iguarias. No Terreiro de Pai Felipe A oração se transformava em luz Luz que brilhou nos olhos do orixá Quando o vento viril, certo do enlace, abria o sorriso do prazer. Ouviu-se um grande estrondo Que partiu a tempestade em mil gotículas Fez do vento, apenas um sopro leve e fresco. Então, Xangó estendeu a mão direita Tocando Oyá, agradeceu-a com um sorriso. Na terra, o pasto transformou-se E havia alimento para todos os homens e animais. Os esgotos voltaram a ser rios E os ricos conti

Sabedoria de Aloroque

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Aloroque tomava banho no Lago de Cristal quando sete eguns se aproximaram e rouparam as roupas do monarca. Os espíritos dividiram as vestes em sete pedaços e esconderam em baixo de sete pedras. Quando o Rei descobriu que havia sido roupado, perguntou a Árvore Jurema quem havia levado as suas roupas. A Árvore teve mede de falar e sofrer a vingança dos espíritos não esclarecidos; então silenciou. Xangó cortou com uma pedra os seus longos cabelos e com uma faísca queimou os mesmos; dando origem a uma grande fogueira. As salamandras quando viram o orixá nu lhe cobriram e, assim, ele pode chegar de volta ao seu palácio. Tempos depois, ouviu-se um grande clamor na floresta. Era a Árvore Jurema que estava sendo desfolhada pelos sete eguns. - Vale-me Rei Aloroque! Vale-me Rei Aloroque! Vale-me Rei Aloroque (disse a Jurema). Então Xangó chamou Iansã e lhe pediu que a mesma reunisse os eguns numa clareira. Chegando lá, ele arramou os espíritos a Árvore despida e disse:

Oxóssi O Grande Caçador.

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Ele é Oxóssi, caçador de almas perdidas. De sua mata vem a fartura para nossas famílias. De seus caboclos, Chefes de Falanges vem nossa proteção espiritual. Lhe peço senhor:      Forças para atirar a minha fecha e atingir os meus inimigos e falsos amigos.     Que tuas ervas me curem das doenças do corpo e da alma.     Que tuas matas me alimentem.     Que eu possa compartilhar os tesouros e as riquezas que tem em seus domínios.      Que eu seja um ser iluminado e bom.  Axé, senhor! Axé, senhor!

ÍNDIOS GUERREIROS OU ENTIDADES EM TRANSIÇÃO? Gira de Oxóssi

Têm rituais interessantes as religiões afro-brasileiras. Já presenciei uma passagem de caboclos (índios) que me deixou intrigado. A ferocidade com que os mesmos se manifestam nos médiuns é de assustar. Não falam a nossa língua, até aí, tudo bem. Entretanto, pela postura em geral dos mesmos na eira nos leva a crê a pouca evolução espiritual dos mesmos. Exemplo disso são os caboclos da Linha de Rei Surrupira. Então vem a pergunta: “como podem nos guiar quem ainda está perdido numa postura que remota a períodos anteriores da colonização? ” Sei que muito serão os doutores do assunto que encontrarão uma forma de contrapor ou mesmo se sentirem ofendidos com tal dúvida. Tenho uma tese sobre o assunto e aqui passo a expô-la, resumidamente. 1.    Esses espíritos não são os caboclos, chefes de falanges ou mensageiros espirituais que conhecemos. São entidade que estão ainda numa fase de evolução espiritual muito densa. 2.    Que ao cantarmos os pontos dos chefes de falanges ou m