ALOROQUÊ - SENHOR DO FOGO E DO OURO

SAUDAÇÃO A XANGÓ ALOROQUÊ

S
ou o tempo da chuva
Que cai na pedreira
E o raio que parte as pedras
Em 09 planos.

Sou o Xangó das noites de dor
Aloroquê do nascer do sol
Quando a esperança ainda em botão
Anuncia: Cobra Coral está no Reino do Fogo
Transformando tudo em flor.


Na terra, onde o mal não é vencido,
Nem o bem derramado,
Reina o equilíbrio e a harmonia.
Eu sou da banda daqui
E tu és da banda de lá.
Num dia, seremos todos da mesma eira.
O meu Deus não é

 o mesmo do teu.
Nem me visto com a tua beleza de cordeiro
No meu céu, há também a dor.
Maior é minha força
Não ouço trombetas de seres sem sexo.
Os tambores e os sons da Natureza
São os instrumentos de minha melodia.

Na terra de mil orixás, não há um vencedor
Dia e noite, pela eternidade,
O amor e o ódio travam lutas
Ora o ouro, ora a areia, são os senhores de uma cena.
Mas, no amanhecer; nova luta
E novo senhor é coroado.



Xangó Alafim bateu cabeça
Na Pera do meu Destino.
Suor, sangue e dor
A carne e a alma combateram
E o amor venceu
E sempre vencerá!

Aloroquê seja o meu céu sem estrelas
Mas, cheio de raios, luz e forças de Oxalá.
Que o machado de Agogô abra caminhos
E a Cobra Coral e seu Quebra Barreiras do Livramento

Alafim de Oió, no alto da pedreira
Faz chover ouro fino no meu quintal
Plantei o bem, colho a glória
De minha própria satisfação.

Quando Xangó chegou aos campos áridos
Dos meus sonhos
Semeou, transmutou
Fez-se homem valente, sangue de dragão.
O felino que me transformei
Ora espera, ora tem fé
Ora sangra, ora transborda de luz.

Quando as pedras rolam
Na cachoeira do Rei do Fogo
Ele faz trovejar em minha lavoura
Faz cair ouro nas penas do cocar
Ele é Cobra Coral
Quebra Barreiras

É Marabó 

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