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Mostrando postagens de maio, 2019

ALOROQUE E O VENTO

E stava Aloroque a tomar banho de sol Quando viu, ao longe, o vento pousado numa montanha. O que fazes aí, parado – perguntou o monarca. Estou esperando a irmã tempestade, disse o elemento divino. Mais a baixo do Pico de Cristal, O véu negro da Senhora Tempestade avançava. O céu vermelho de medo pressagiava o futuro em frente. Nos campos gerais, Crianças famintas pastavam, Favelados caiam nos esgotos E ricos senhores comiam iguarias. No Terreiro de Pai Felipe A oração se transformava em luz Luz que brilhou nos olhos do orixá Quando o vento viril, certo do enlace, abria o sorriso do prazer. Ouviu-se um grande estrondo Que partiu a tempestade em mil gotículas Fez do vento, apenas um sopro leve e fresco. Então, Xangó estendeu a mão direita Tocando Oyá, agradeceu-a com um sorriso. Na terra, o pasto transformou-se E havia alimento para todos os homens e animais. Os esgotos voltaram a ser rios E os ricos conti